sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Nova assembleia das SREs e do Órgão Central define os rumos do movimento


Nova assembleia das SREs e do Órgão Central define os rumos do movimento
Os servidores das Superintendências Regionais de Ensino (SREs) e do Órgão Central, reunidos em assembleia, nessa terça-feira, (13/10), votaram pela aceitação da proposta apresentada pelo governo no dia 8 de outubro e pela suspensão da greve - deflagrada por tempo indeterminado, no dia 27 de julho - condicionada à assinatura de um documento por parte do governo se comprometendo a cumprir os quatro itens da proposta.

Pela manhã, aconteceu a reunião dos representantes das Superintendências Regionais de Ensino e do Órgão Central. A reunião antecedeu a assembleia e nela os representantes avaliaram todo o cenário da greve, informações sobre as demais SREs e formularam propostas. 

Na reunião desta terça-feira, a maioria das SREs apontaram pela aceitação da proposta apresentada pelo governo e pela suspensão da greve, desde que atendidas algumas premissas. Um grupo de SREs analisou as propostas apresentadas discutindo dúvidas e propondo uma metodologia de trabalho e de mobilização para o próximo período: a representação da categoria no grupo de trabalho será constituída por 4 (quatro) trabalhadores eleitos na assembleia e 1 (um) representante da direção estadual; a nossa comissão contará com a assessoria jurídica e do Dieese; serão realizadas reuniões com representantes das SREs para o acompanhamento e avaliação dos trabalhos do Grupo; independente do governo colocar prazo final para o grupo de trabalho, o prazo que daremos será de 90 dias; manter a mobilização  das SREs e do Órgão Central durante os trabalhos do Grupo.

Durante a assembleia, os servidores se reuniram por regionais, discutiram as propostas e fizeram suas considerações. Logo após apresentá-las ao plenário, votaram pela suspensão da greve mediante a assinatura do documento pelo Executivo. O retorno às atividades acontecerá no dia seguinte à assinatura de documento por parte do governo do estado. 

A direção estadual do Sind-UTE/MG se comprometeu em informar através do site da entidade assim que o documento for assinado pelo governo.  Caso o governo não dê retorno, a greve não estará suspensa e nova assembleia será convocada. É importante lembrar que quando o Presidente da Assembleia Legislativa, Adalclever Lopes, apresentou as propostas, também foi afirmado que o governo assinaria documento com as propostas apresentadas.

Numa segunda etapa, a assembleia votou seus representantes para o grupo de trabalho. Foram eleitos os analistas educacionais Luiz Carlos Silva da Cunha, da SRE de Pouso Alegre e Diego Roger Ramos Freitas do Órgão Central da Secretaria de Estado da Educação e os técnicos da educação  Joeliza Vieira Gama da SRE de Araçuaí e Soraya Hissa Hojrom de Siqueira do Órgão Central.
Força coletiva

Nestes mais de 80 dias de greve, além das dificuldades e dos desafios que um movimento de greve, normalmente, enfrenta, muitos sinais de superação, de união e de força coletiva.

Ao lembrar alguns momentos importantes da luta dos servidores das SREs e do Órgão Central, a direção estadual do Sindicato lembrou os principais momentos que marcam esse movimento. “Nenhum de nós seremos os mesmos depois desta greve. Nem o Sindicato e seus dirigentes, tampouco o governo, muito menos vocês”.

Destacou que muitos achavam que os servidores não levariam essa greve tão longe; que não teriam coragem e mobilização o bastante para trazer tantas caravanas a Belo Horizonte. “Teve gente apostando que vocês não aguentariam tanta pressão, que não se mobilizariam como deram conta de fazer. Então, tudo isso é resultado da capacidade de resistência que tiveram. Esses dias todos de convivência foram de aprendizado e de muita luta para que o governo não nos derrotasse. Vocês são guerreiros e guerreiras! Daqui sairemos todos transformados”, ponderou.
Acompanhe a proposta apresentada pelo governo no último dia 08/10:
1) Reitera a proposta já apresentada de 16% para os Técnicos em Educação,  em duas vezes (8% em abril de 2016 e 8% em abril de 2017) e 5% para os Analistas Educacionais (em abril de 2016).
2) Criação de um grupo de trabalho, a ser instituído por meio de Decreto imediatamente após a suspensão da greve, tendo em sua composição representantes da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), Secretaria de Estado da Educação (SEE) e cinco membros do Sind-UTE/MG, entre os quais representantes dos analistas e técnicos.

Caberá a essa Comissão discutir com o governo as questões que envolvem a carreiras e as tabelas salariais dos servidores das SREs e do Órgão Central, bem como a proposta de mais: 5% para Analistas e 4% para os Técnicos da Educação.

3) Assim que o governo superar as condições limitadas pelo alcance prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, ele enviará projeto de Lei à Assembleia Legislativa contemplando as negociações.
4) Suspensa a greve, fica o compromisso do Governo de não fazer nenhum corte de salário ou punição aos servidores e o Sindicato negociará com a SEE como será feita a reposição dos dias de paralisação.

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